Fonte: Pinterest
Desde pequena vejo na tv e em outdoors informações sobre o outubro rosa. Conforme cresci entendi que se trata de uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico inicial do câncer de mama. Esse tipo de câncer é o segundo tipo mais comum entre mulheres (o primeiro é o câncer de pele). O INCA (Instituto Nacional de Câncer) estima 60 mil novos casos de câncer de mama para 2018. Em sua página também ofereceu uma fotografia do cenário atual de câncer no Brasil.
Com esses dados percebemos a importância da prevenção, estimulada nesse mês de outubro. Um estudo feito pelo Hospital do Câncer de Barretos (SP) durante 14 anos identificou que a taxa de mortalidade entre mulheres por câncer de mama e por câncer de colo de útero caiu 42,85% e 34,88%, respectivamente, devido ao diagnóstico precoce através dos exames preventivos. Uma das principais formas de prevenção é o auto-exame e você pode conferir dicas como realizá-lo nesse vídeo.
O processo de lidar com uma doença é bem desafiador por si só, ainda mais quando mexe com nosso corpo e com a nossa autoestima, como é o caso do câncer de mama. Nesses momentos mais difíceis e desafiadores, algumas mulheres acabam encontrando na experiência de ajudar outras pessoas uma forma de superação e muitas vezes também viram inspiração para isso.
Como o câncer de mama é uma doença que acontece apenas em mulheres, percebemos que a sororidade é marca importante desse processo. Rossana Pontes é uma assistente social de 54 anos que já enfrentou a doença e contou que o câncer de mama, que já a fez ter medo de morrer, se transformou em um elo entre ela e outras mulheres em tratamento. “De certa forma estou ressignificando a doença.”
O empoderamento feminino que tanto falamos atualmente também aparece como protagonista: “Acredito muito na coletivização das experiências e o empoderamento das mulheres", afirmou Rossana.
Pensando nisso encontrei 3 histórias inspiradoras relacionadas ao câncer de mama:
- arte que cura - Bárbara Nhiemetz, de 24 anos, tatua em Curitiba de forma gratuita mulheres que retiraram a mama. Sua inspiração e primeira cliente foi sua mãe, que teve câncer de mama quando Bárbara era pequena. Antigamente ela fazia desenhos com canetinhas na cicatriz de sua mãe, que se emocionava ao ver a arte da filha. Hoje tatuou flores nela e também em outras mulheres que passaram pela doença.Essa é a tatuagem que a Bárbara fez em sua mãe. Fonte: G1
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sororidade na prática - as mulheres que enfrentam a doença encontram alguns grupos de apoio para compartilhar suas dores e experiências e esse movimento é bem bonito. O grupo Rosa Mulher nasceu de um sonho de Beatriz após vencer o câncer de mama em 2001. Ela contou para algumas amigas que desejava criar um grupo para ajudar outras mulheres que também enfrentavam a doença, juntas fundaram o Rosa Mulher. Entre as atividades do grupo estão: empréstimo de perucas para mulheres em tratamento de quimioterapia, doação de prótese mamária, grupo de apoio e autoajuda e palestras sobre prevenção do câncer de mama.
- doação que fortalece - em 2010 nasceu a Fundação Laço Rosa, que criou o primeiro banco de perucas do Brasil. A ideia de criar a ONG foi das irmãs Aline, Marcelle e Andrea. Aline foi diagnosticada com câncer em 2007, quando estava grávida. Na época ela fez quimioterapia e decidiu assumir a careca. Aline faleceu um mês após a criação da ONG, mas seu trabalho seguiu ganhando vida através de suas irmãs, que continuaram empreendendo no projeto. Para doar, qualquer pessoa pode mandar 20cm de cabelo para a ONG e para receber basta requisitar pelo site, a doação é feita para pacientes com qualquer tipo de câncer. Além disso, o site conta com informações sobre os direitos legais das pacientes.
E você, conhece histórias inspiradoras relacionadas ao câncer de mama? Conta pra gente aqui embaixo!
Com carinho, Fran.
@franbitten