O tabu nos impede de falar abertamente sobre o assunto e de termos consciência e dimensão das consequências que menstruar implica para meninas ao redor de todo o mundo.
estimados de meninas no mundo fora da escola – e a menstruação é um dos motivos
(Fonte: UNICEF)
das meninas indianas acreditam que a menstruação é uma doença
(Fonte: UKAID)
O tabu da menstruação também gera desinformação e vergonha, limitando as possibilidades de desenvolvimento das meninas. Segundo uma pesquisa realizada pela J&J com 1500 mulheres no Brasil, Índia, África do Sul, Filipinas e Argentina:
das mulheres sabiam nada ou muito pouco sobre menstruação no momento da menarca
(Fonte: J&J)
das brasileiras não acham a menstruação nojenta
das brasileiras se sentem sujas quando estão menstruadas
(Fonte: J&J)
Para famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social, é inviável o acesso a protetores menstruais como os absorventes descartáveis, que são artigos de luxo. Desta forma, as meninas e mulheres acabam recorrendo a métodos inseguros e pouco eficazes para reter o fluxo, tais como folhas de jornal, folhas de árvore e até barro.
A insegurança de ficar com as roupas manchadas e o medo de serem estigmatizadas por isso afasta as meninas da escola, podendo fazê-las perder até 25% das aulas em um ano letivo. Isso prejudica o rendimento, o que por sua vez aumente a chance de evasão – ou seja: parar de ir à escola.
Além disso, a falta de saneamento básico afeta diretamente a higiene menstrual. No Brasil, mais de 100 milhões de pessoas não têm acesso a este serviço; e para as pessoas que menstruam, a precariedade agrava ainda mais a relação com a menstruação. Segundo dados do Trata Brasil (2018):
de pessoas no mundo não têm acesso a um banheiro
(Fonte: Trata Brasil)
da população brasileira tem acesso a saneamento
(Fonte: Trata Brasil)
das crianças e adolescentes brasileiros não têm um sanitário em casa
(Fonte: Trata Brasil)
Quando o assunto menstruação se torna nebuloso e cheio de mitos, se torna muito difícil para as meninas e mulheres lidarem de forma positiva com a própria menstruação.
E sendo assim, como convencê-las a lidar de forma positiva com o próprio corpo? Como trabalhar a autoestima de corpos com ciclos menstruais se o sangramento é visto como nojento e sujo?
A Herself acredita que a principal estratégia é a educação – e estamos elaborando planos de ação para gerar impacto neste sentido.
Ao falarmos de educação menstrual, partimos do princípio que saber o que é a menstruação e compreender o funcionamento do próprio corpo é um direito fundamental de toda menina, mesmo antes de passar por esta experiência.
A educação menstrual é questão de dignidade, direitos humanos e equidade de gênero, pois fornece ferramentas para as meninas e mulheres serem mais confiantes, viverem de forma mais confortável e tomarem decisões mais conscientes em relação a si mesmas e a seus próprios corpos. Conhecimento é um poder revolucionário para nós.
Enquanto isso, precisamos de cada vez mais dados aqui no Brasil. Através do mapeamento dos problemas sociais relacionados à menstruação e de movimentos em educação menstrual que ocorrem no Brasil, conseguimos promover ações e metodologias mais direcionadas e resolutivas.
Nos ajude a mudar a vida de outras mulheres: você conhece alguma organização, ativista menstrual ou pesquisa sobre menstruação em andamento?
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A MENSTRUAÇÃO É UM PROBLEMA.
E NÃO ESTAMOS FALANDO DO FLUXO, DE CÓLICAS, NEM DE TPM.
A MENSTRUAÇÃO SE TORNA UM PROBLEMA PORQUE É UM TABU.